NÁDIA GUERLENDA
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Em encontro da igreja Assembleia de Deus nesta quinta-feira, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou ter sido vítima de uma "polêmica inútil" com os evangélicos.
No Fórum Social em Porto Alegre, em janeiro deste ano, ele havia dito que o Estado devia fazer uma disputa ideológica pela nova classe média, que estaria sob hegemonia de setores conservadores.
"Lembro aqui, sem nenhum preconceito, o papel da hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais, que são a grande presença para esse público que está emergindo", disse à época.
O episódio causou um desgaste do ministro com o setor evangélico, um dos maiores apoios para a eleição da presidente Dilma Rousseff em 2010. Carvalho, responsável pela interlocução do governo com grupos religiosos, teve que se desculpar publicamente após os evangélicos ameaçarem cortar relações.
No evento de hoje, em que estava o bispo Manoel Ferreira, presidente da Conamad (Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil), o ministro renovou o compromisso feito por Dilma antes da eleição em não apresentar projetos de lei sobre questões como casamento homoafetivo e aborto.
Carvalho elogiou a atuação da igreja e defendeu uma parceria entre religiosos e o governo. "Eu não acredito que o Brasil possa mudar sua história se não for com uma forte parceria entre o governo e as igrejas. E a Assembleia de Deus ocupa, nesse aspecto, um papel muito particular", afirmou.
O ministro foi elogiado pelo bispo Manoel Ferreira, que disse ter sido Carvalho o responsável pelo apoio da Assembleia à candidatura de Dilma. "Ele é uma pessoa amável, doce, de fino trato, educado, que abraça todos sem distinção". Ferreira pediu que o ministro fosse aplaudido de pé pela audiência, formada por fiéis de todo o país.
AGNELO
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), também estava presente ao encontro da Assembleia de Deus. Ele está sendo acusado de envolvimento com o empresário Carlinhos Cachoeira, preso sob acusação de explorar jogos ilegais e corromper autoridades.
Durante as eleições, o governador teve amplo apoio dos evangélicos. O bispo Ferreira também pediu que o governador fosse aplaudido de pé pelos presentes. "Ele é um homem solidário, uma pessoa série, de comportamento exemplar", disse.
Ferreira afirmou ainda estar fazendo "incessantes orações" a favor de Agnelo, para que "Deus lhe dê forças". Nem o ministro nem o governador quiseram falar com a imprensa ao final do evento.
Fonte: FOLHA DE SP
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