A Resposta Reformista às Recentes Atividades da Ultra Ortodoxia em Israel e em torno do mundo
Por muitos anos, em Israel e em todo o mundo, vem acontecendo uma
exacerbação preocupante no extremismo religioso judaico. Os eventos
recentes em Israel mostraram ao mundo o pior lado do fundamentalismo
judaico. Em muitos países este extremismo tem sido usado para excluir
inúmeros judeus das comunidades. O extremismo que aflorou em Israel não é
um fenômeno recente, ele vem se desenvolvendo insidiosamente há décadas.
Tristemente, alguns judeus entendem ser este o judaísmo “autêntico”,
mas a verdade é que ênfase extrema no ritual sobre um judaísmo inclusivo e
acessível, que encoraja o tikun olam corrompeu a muitas pessoas no
mundo ortodoxo. Isto levou à exclusão e provocou o afastamento de muitos
judeus do judaísmo.
É neste estágio que o mundo judaico deve começar a se perguntar o que
o Judaísmo realmente professa no século 21. O Judaísmo Reformista
acredita há muito tempo num Judaísmo que inclui de forma igualitária
todos os judeus, independente de sexo e de orientação sexual. Somos
fortemente incentivados a aprender de nossos Rabinos, homens e mulheres,
e estamos empenhados a alcançar todos os judeus, estejam aonde
estiverem em sua caminhada judaica. As mulheres Rabinas no mundo
Reformista não apenas contribuíram em condição de igualdade com seus
colegas homens, como também agregaram uma rica e inteligente
interpretação dos nossos textos.Seríamos mais pobres sem a sua visão
atenta. Da mesma forma, líderes laicas femininas contribuíram em pé de
igualdade na construção de comunidades Reformistas vibrantes e outras
instituições ao redor do mundo.
Chegou o momento de questionar seriamente os costumes que viraram
“lei judaica”, tal como a proibição religiosa de mulheres cantar frente a
homens ortodoxos na esfera secular. Qual a lógica desta cultura
ofensiva que até mesmo requer assentos separados em eventos não
religiosos, inclusive no transporte público. Esta singularização das
mulheres levou à que sejam consideradas como judias de segunda classe, e
provocou abusos verbais e físicos. O mundo judaico tem que agir agora
antes que seja muito tarde. Não podemos permitir que o judaísmo se
transforme em fundamentalismo corrosivo.
Rabbi Stephen Lewis Fuchs – Presidente WUPJ
Michael Grabiner – Presidente do Conselho WUPJ
Fonte: PLETZ
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