Medjoul - A rainha do deserto
Doçura. A medjoul é tão doce que com ela se prepara o silan, um mel de tâmaras
No norte do Mar Morto e no Vale do Jordão, disputado território que separa Israel e Jordânia, ela reina há quatro décadas. Grande, com a polpa cremosa, muito doce, a tâmara de medjoul é uma atração especial nos oásis que saltam aos olhos numa paisagem pouco habitada, dominada pelos tons pastel do deserto e o azul do céu, sob calor intenso.
Embora tâmaras sejam cultivadas há milênios, a de medjoul - que em árabe significa "desconhecida" - é relativamente nova ali. Ela tem origem marroquina e nos anos 1920 esteve ameaçada por uma praga. Foi levada para os Estados Unidos, de onde saíram as mudas levadas para Israel nos anos 1970, no início da colonização da região desértica. Em poucas décadas Israel se tornou o maior produtor de tâmaras de medjoul - pelo menos 33% das frutas dessa variedade comercializadas no mundo são produzidas ali, no deserto israelense.
A tâmara de medjoul é inconfundível. Ela é três vezes maior que as tradicionais e tão doce que é usada para preparar o silan, mel de tâmaras, o adoçante natural nacional. Sua tonalidade pode variar do marrom ao roxo-escuro. A pele é lisa e macia, com delicado drapeado, e a polpa é extremamente cremosa e cheia de sabor.
Na combinação de fatores que garantem o sucesso da medjoul israelense estão o clima seco e a alta tecnologia utilizada no cultivo. Devido à elevada temperatura, a fruta não precisa ser seca antes da comercialização. Ou seja, o calor seca os frutos naturalmente. Só na região norte do Vale do Jordão, mais úmida, as tâmaras passam por secagem.
Com tantos atributos, não é de se estranhar que tenha sido apelidada de rainha das tâmaras. Ela ocupa lugar de destaque nas feiras e prateleiras de supermercados e caiu no gosto de chefs de Israel.
Pelos bares, restaurantes e cozinhas domésticas, surge das mais variadas maneiras. Recheada com queijos, amêndoas ou pistache, vira petisco. Como prato principal, combina com frango e saladas, além de fazer as vezes de sobremesa. Nesta época, entre junho e agosto, quem visitar a região vai encontrar as tamareiras carregadas, pois a colheita começa em agosto e vai até outubro.
O cultivo exige cuidadoso trabalho manual. As plantas, que têm entre 15 e 20 metros de altura, são polinizadas manualmente. Para garantir tâmaras grandes e cremosas os produtores fazem podas, reduzindo a produtividade da planta. Um trator com cabine elevatória é usado para cortar parte das folhas e frutos.
As tamareiras são identificadas uma a uma. Dois meses antes da colheita, as folhas são envolvidas por uma rede plástica, que as protege de pássaros e impede que as tâmaras caiam antes do tempo. A colheita vai de agosto a outubro, mas as tâmaras são encontradas o ano inteiro.
Fonte: http://www.coisasjudaicas.com
Um comentário:
Olá...
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VIvi
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