As igrejas em geral vivem do desespero e dos temores das pessoas, qualquer que seja o culto e em todos os países do mundo.
Por isso as abomino, ou melhor, as odeio, para ser bem franco.
Tirar proveito das fragilidades humanas, atuando no mercado inescrupuloso da fé, é procedimento injustificável, repugnante, criminoso mesmo.
Detalhes hediondos: o crime de estelionato é cometido por organizações, quadrilhas especializadas, treinadas em seminários, conventos e estabelecimentos similares, com as benesses de governantes descerebrados, que se comprazem em entrar na fila do beija-mão, patenteando sua falta de dignidade, envergonhando as nações e desrespeitando o regime republicano.
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Moçambique: Lábia Universal
31.01.2012
As autoridades dão um tratamento opaco aos processos criminais contra a Iurd, afirma ativista de direitos humanos.
Rowan Moore Gerety
Poucos lugares do planeta fornecem terra mais fértil para uma mensagem de cura e prosperidade do que Moçambique. Com 90% da população tentando sobreviver com menos de dois dólares por dia, com metade das crianças sofrendo com desnutrição crônica, o país africano tornou-se um poderoso centro de captação de adeptos para a Igreja Universal do Reino de Deus, a Iurd.
Um exemplo do poder que a neopentecostal brasileira adquiriu em Moçambique ocorreu numa manhã de setembro de 2011. A Iurd promoveu o chamado "Dia de Decisões" (ou "Dia D"), um megaculto realizado no Estádio Nacional de Maputo, capital moçambicana. Teve como objetivo promover curas e demonstrações de fé e, claro, atrair novos fiéis. A igreja reuniu 42 mil pessoas no local e ainda viu outras 30 mil se aglomerarem do lado de fora, acompanhando via telão. As pessoas carregavam rosas nas mãos, símbolo do evento. A compor a massa estavam, entre outros desesperados, jovens vítimas de poliomielite com suas bengalas, camponeses idosos descalços e vendedores ambulantes a sonhar com uma recompensa maior.
Fonte: PRAVDA
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