Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quinta-feira, 19 de abril de 2012

PRISÃO INJUSTA - Cavalos enjaulados

  
http://www.serrinhanoticias.com.br


Uma vez, uma família exigiu que o cavalo da filhinha deles ficasse na cocheira praticamente o tempo todo, com apenas uma hora por dia de pasto, "para não sujar o animal e o pelo ficar bonito" (segundo eles achavam...) Explicamos que isso não seria saudável para o animal, que o animal já tinha sinais evidentes de úlcera e maneirismos de cocheira (dança do urso) e que o casal poderia observar a boa pelagem dos outros animais - boa alimentação - e que vinham para a cocheira apenas a noite. Mesmo assim o casal insistia em querer o animal preso. Infelizmente para o pobre cavalo, não concordamos em receber o animal, pois não é nossa filosofia enjaular animais. 
Fonte: http://www.riodoceu.com


-=-=-=


O QUE FIZERAM OS CAVALOS DE RUIM PARA A CIVILIZAÇÃO, DE TAL SORTE QUE SE JUSTIFIQUE A CONTINUAÇÃO DA PUNIÇÃO PARA OS SEUS DESCENDENTES?
NADA, É ÓBVIO. OS CAVALOS FORAM E CONTINUAM A SER USADOS PELO SER HUMANO DE FORMA UM TANTO CRUEL, PAGANDO, MUITAS VEZES, COM A PRÓPRIA VIDA, POR CRIMES QUE NUNCA COMETERAM.
Escrevi esta introdução para entrar no tema principal, sobre o qual estou para me dedicar há algum tempo: a prisão dos cavalos de equitação (salto clássico) e de rodeio, em baias, durante a maior parte do tempo, saindo das celas apenas para trabalhar.
Na Sociedade Hípica Catarinense (cujo espaço é exíguo para albergar tantos animais, não se dispondo de pastos livres suficientes para que sejam soltos, se espojem, interajam, corcoveiem e se divirtam em grupo, como gostam), por exemplo, pode-se ver animais enjaulados, balançando os corpos de um lado para o outro, mentalmente desequilibrados, como fruto do confinamento continuado e inclemente.
Não gostaria de estar escrevendo isto, mas não consigo mais me furtar a afirmar que vejo como crueldade a circunstância de se manter os animais trancados nas baias, quando sabido que precisam exercitar-se espontaneamente e não só quando conduzidos e treinados para as atividades desportivas.
Juro que já pensei em propor uma ação contra tal situação, mas ainda estou relutando em fazê-lo, esperançoso de que a melhora na conscientização das pessoas que dizem gostar de animais promova a mudança em tal estado de coisas. 
Vou aguardar mais um pouco, até adotar a decisão de propor ou não a ação cogitada, ou de pedir providências ao Ministério Público.
É preciso refletir: não bastam a melhor comida, o melhor Veterinário, vermífugos e outros remédios sofisticados (tratamento que a maioria das nossas crianças não recebe), os melhores tratadores e treinadores, a pelagem lavada com os melhores shampoos, os melhores apetrechos de montaria, embocaduras brandas, protetores de boletos, caneleiras e outros "favores", pois, quando falta a liberdade, a vida não vale a pena e aí os animais ficam entendiados, doentes da mente.
O provérbio latino "mente sã em corpo são" também é aplicável aos animais de "estimação". 
Usamos os animais (através da equoterapia) até para melhorar a cabecinha de crianças, jovens e adultos que possuem diferenças, são especiais, mas não pensamos na sanidade mental dos animais. É, no mínimo, paradoxal e injusto, convenhamos!

Nenhum comentário: