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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Bispo acusa Papa de aposentá-lo por perseguição



O bispo australiano William Morris denunciou em uma carta aos seus fieis que para o papa Bento XVI seus fiéis estariam melhor “sob a liderança de um novo bispo”. O clérico tem algumas posições diferentes da direção católica como, por exemplo, ser a favor da ordenação de mulheres e homens casados como sacerdotes, informa nesta segunda-feira (horário local) a imprensa local.

O prelado de Toowoomba (Queensland), William Morris, atribui a sua aposentadoria antecipada ao papa Bento XVI decidiu que seus fiéis estariam melhor “sob a liderança de um novo bispo”, segundo o jornal “The Australian”.

Os bispos se aposentam, geralmente, aos 75 anos, mas Morris – que esteve à frente desta diocese a quase 900 quilômetros ao norte de Sydney durante quase duas décadas – só tem 67.

Em sua carta, lida este fim de semana nos serviços religiosos de Toowoomba, o prelado disse que a decisão do Vaticano responde a uma mensagem pastoral que publicou em 2006 e provocou uma investigação interna dentro da Igreja.

Morris se pronunciou nesse polêmico texto a favor de ordenar como sacerdotes mulheres e homens casados, assim como reconhecer a validade das ordens anglicanas e luteranas, entre outras propostas, embora acredite que sua opinião tenha sido mal interpretada.

A saída de Morris ocorrerá dois anos depois que a Igreja tomou a mesma medida com Peter Kennedy, ex-sacerdote da cidade australiana de Brisbane, que se mostrou a favor de ordenar mulheres e das uniões homossexuais.

Está previsto que o Vaticano emita um comunicado oficial sobre o assunto.


Fonte: EFE / Folha Gospel + Jornal Mundo Gospel


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