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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Juros de empréstimos dobram preços de produtos


Diferença entre taxas mínimas e máximas faz financiamento ficar quase 100% mais caro

RIO — Apesar da redução de juros anunciada pelos bancos públicos e privados, o cliente que não obtiver a taxa mais vantajosa oferecida pela instituição ainda pagará caro para tomar crédito. É o que mostra uma simulação feita, a pedido do GLOBO, pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), tomando como base as taxas mínimas e máximas divulgadas, em várias modalidades de empréstimos, como Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e financiamento de veículos. As diferenças são impressionantes. Quem comprar um carro no valor à vista de R$ 60 mil, em 48 parcelas, por exemplo, pagando juro 4,23% ao mês (a taxa máxima oferecida pelo Bradesco), desembolsará R$ 141.144,20 pelo bem. O mesmo carro sai por R$ 75.333,39, se o cliente obtiver a taxa mínima do próprio banco, de 0,97%. A diferença é de mais de R$ 65 mil no preço final, ou 87% a mais.
Na comparação entre diferentes instituições, a diferença também chama atenção. Os juros de um financiamento de R$ 5 mil pelo CDC, com 36 meses, variam de 1,04% (Santander) e 1,6% (Banco do Brasil) a 2,48% (HSBC) e 2,97% ao mês (Bradesco), considerando apenas as taxas mínimas. No primeiro caso, a operação vai custar R$ 6.019 ao correntista, contra R$ 8.207 se fechar com a taxa mais elevada — uma economia de R$ 2.188.
Segundo o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, para justificar tanta diferença entre a taxa mínima e a máxima, os bancos alegam que precisam avaliar o comprometimento da renda do cliente, que indica o potencial de inadimplência, o histórico com a instituição, e o próprio produto oferecido. Num empréstimo consignado, por exemplo, o risco para o banco de levar um calote é muito menor que no rotativo do cartão. Isso porque a parcela do empréstimo é descontada diretamente na conta do cliente.
— Na prática, se quiser obter uma taxa de juro mais vantajosa, o cliente terá que fazer esses cálculos com as taxas oferecidas por seu banco e as de outras instituições e depois negociar com seu gerente. Ou seja, terá que provocar esse movimento — diz Oliveira.
No caso do cheque especial, se utilizar R$ 1.000 por 30 dias no HSBC, o cliente com a melhor taxa oferecida pelo banco (2,27% ao mês) vai desembolsar R$ 22,70 no período. O cliente que usa o mesmo valor, também por um mês, mas paga a taxa de juro máxima de 14,69%, terá um gasto de R$ 146,90 só em juros pelo empréstimo.
Ontem, um dia após o anúncio da redução de taxas feita pelos grandes bancos privados de varejo, clientes do Itaú Unibanco e do Bradesco não conseguiam saber que benefícios poderão obter. No caso do Itaú Unibanco, quem entrou em contato com as agências descobriu que a adoção das novas taxas era desconhecida dos gerentes.
— É algo que passou na televisão? — perguntou, surpresa, uma gerente.
Informados das medidas, todos diziam não ter recebido qualquer orientação sobre a aplicação da redução. Mesmo assim, um dos gerentes afirmou que dificilmente um cliente "comum" será beneficiado com as taxas mínimas anunciadas, como a do cheque especial, de 1,95%.
— Essa é uma tarifa que nem os funcionários (do banco) conseguem. Certamente, só o (cliente) private é que vai ter tarifa tão pequena — disse o gerente de uma agência na Zona Sul de São Paulo.
Mantega: estamos no caminho certo
Como as novas taxas dos pacotes anunciados quarta-feira só começam a valer na segunda-feira, Bradesco e Itaú Unibanco garantem que até lá suas redes de agências estarão preparadas. No Itaú Unibanco, os juros menores do cheque especial, do CDC para a aquisição de bens e do cartão de crédito só entram em vigor em 2 de maio.
Na quinta-feira, um dia após o anúncio de corte dos juros dos principais bancos privados e da decisão do Banco Central de fazer mais a redução na taxa básica (Selic), agora em 9% ao ano, o BB anunciou que reduziu mais o custo dos empréstimos. A taxa mínima para o crédito consignado para aposentados passou de 0,85% para 0,79% ao mês. A de financiamento de veículos caiu de 0,99% ao mês para 0,95% ao mês. E a do cheque especial passou de 1,97% ao mês para 1,38% ao mês. E a Caixa anunciou que, a partir de segunda-feira, até 11 de maio, abrirá uma hora mais cedo.
Em Washington, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil está “no bom caminho” de ter juros mais baixos no sistema financeiro após a decisão dos bancos privados de reduzirem o custo de seus empréstimos, a pedido do governo. Segundo o ministro, as instituições estão, desta forma, “dando ao povo brasileiro a oportunidade de consumir com taxas menores”.
— Nós estamos no bom caminho, com a reação positiva do setor financeiro a esta demanda que foi feita pela redução dos spreads e aumento do crédito — disse o ministro, após reunião do Brics no FMI.
O ministro disse ainda que, com a Selic a 9%, “não há necessidade de mudar a regra da poupança”.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Descoberta do jornal corrupto 'O Globo' impressiona: Num mesmo banco se a taxa de juros for maior que a menor você vai pagar mais. É de chorar!
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às 16:49 0 comentários Links para esta postagem
Bradesco, Itau & catv agradecem...