Livro que afirma que Lampião era gay é proibido
A
Constituição Federal protege a inviolabilidade da individualidade das
pessoas. Baseado nesta ideia, o juiz Aldo Albuquerque, da 7ª Vara Cível
de Aracajú, manteve a decisão de não permitir o lançamento do livro Lampião Mata Sete.
O autor, Pedro de Morais, afirma na obra que Virgulino Ferreira da
Silva, cangaceiro mais conhecido como Lampião, era homossexual. Em
novembro, Albuquerque já havia proibido, em liminar, o lançamento do
livro.
De acordo com o juiz, a proibição não teria acontecido caso
o livro contasse apenas os crimes cometidos por Lampião, fatos públicos
que justificariam sua publicação. Mas, quando se trata da sexualidade, o
tema não tem o mesmo interesse. O juiz também determinou, em caso de
descumprimento da decisão, multa de R$ 20 mil.
A ação foi movida
por Expedita Ferreira, filha única do ex-cangaceiro com Maria Dea dos
Santos, mais conhecida como Maria Bonita. Segundo a autora, além de
afirmar que Lampião era gay, o livro também diz que Maria Bonita era
adúltera. Expedita também alega que não deu qualquer autorização para a
publicação da obra. Com informações do site UOL.
Processo 201110701579
Revista Consultor Jurídico, 12 de abril de 2012
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