Nas ações populares que aforei, a tese estampada no título desta postagem é recorrente. Os defensores das fraudes que promovem o desvio sistemático de dinheiro público (incluindo um certo promotor que deveria atuar em defesa da moralidade administrativa) em favor de cultos pensam diferentemente, todavia.
Há costumes que são indefensáveis, como é o caso da famigerada farra-de-boi, o custeio de procissões com dinheiro público e outras barbaridades igualmente absurdas, por muito que se diga que são tradições centenárias ou milenares.
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Com a proximidade da Páscoa, Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Secretarias de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis e de Itajaí, CIDASC, Ibama e Instituto Ambiental ECOSUL intensificaram as ações educativas e de fiscalização para conter a farra do boi nos Municípios da Grande Florianópolis e da Foz do Rio Itajaí.
Entre as ações - desenvolvidas durante todo o período da Quaresma - ocorreram palestras e concurso de redação nas escolas das regiões de Itajaí e Florianópolis e campanha para orientar a população de que a farra do boi é crime. O concurso premiará as melhores redações do 4º e 5º ano do ensino fundamental de cada regional. Os vencedores serão premiados em solenidade que será realizada na segunda-feira (02/04), às 10h, no Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina, em Florianópolis.
O MPSC imprimiu, ainda, cinco mil fôlderes educativos que estão sendo distribuídos às comunidades onde a farra do boi é mais recorrente. Os fôlderes esclarecem que, apesar de apresentar-se como uma tradição, a farra do boi, além de um ato de crueldade contra os animais, é crime. Incentiva, ainda, a adesão das comunidades no combate à prática e a denúncia às autoridades sempre que se depararem com uma farra do boi. (Veja o fôlder clicando aqui!).
Também foram intensificadas as operações de fiscalização, que ocorrem de forma integrada entre os órgãos, com trabalho de inteligência para levantamento de informações que vão subsidiar o planejamento das operações policiais. Essas operações incluem a identificação de locais onde possam estar guardados animais destinados à farra do boi e a fiscalização de veículos de transporte animal, contratação de laçadores e veículos para condução dos animais apreendidos, além do atendimento às ocorrências.
As ações são fruto de um Protocolo de Cooperação assinado no dia 29 de fevereiro deste ano pelos órgãos envolvidos. "O Protocolo de Cooperação alberga basicamente duas vertentes de atuação: preventiva e repressiva. Assim, são fortalecidas as ações de cunho educacional, sem prejuízo de identificar e punir na esfera criminal o farrista e as pessoas colaboradoras. Não há mais espaço numa sociedade humanitária, que almeja a paz, para crueldades e barbárie", complementa o Coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CME) do MPSC, Promotor de Justiça Júlio Fumo Fernandes.
Fonte: Portal DO MP/SC
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