A
Justiça do Trabalho do Rio confirmou a condenação da Iurd (Igreja
Universal do Reino de Deus) para que indenize um pastor expulso em 1994
por adultério sem que houvesse prova da acusação. A indenização é de R$
2,6 milhões. Cabe recurso à sentença. O pastor estava na Universal havia
13 anos.
Pelo regimento interno da igreja, teria de ser instaurado um
procedimento para se provar o adultério, o que não ocorreu. O pastor
recorreu à Justiça com a queixa de que sofreu danos morais, além de ter o
seu casamento desfeito.
No entendimento do juiz substituto Glener Pimenta Stroppa, da 49ª Vara
do Trabalho, a ex-mulher do pastor, quando deu depoimento como
testemunha, mostrou-se “pressionada a firmar declarações mentirosas em
relação à conduta infiel” do marido. Disse que o pastor foi exposto a
“uma situação constrangedora e de vergonha” diante de sua família.
Stroppa reconheceu que a sentença extrapola a competência da
Justiça do Trabalho porque considera aspectos (como adultério) que não
fazem parte de uma relação trabalhista. Lembrou, contudo, que tal
abordagem tem o amparo de uma emenda constitucional.
Há pelo menos outros dois pastores demitidos pelo mesmo motivo, ambos de
cidades do interior paulista. Em uma das gravações de videoconferência
de 2008 da Universal obtidas pela Folha de S.Paulo, o bispo Romualdo
Panceiro, o segundo na hierarquia da igreja, aparece dispensando-os
sumariamente.
Um dos pastores foi denunciado à igreja pela própria amante, uma
"senhora casada". Como prova do adultério, ela citou uma particularidade
dele. Nas gravações, o bispo questionou o pastor diante de seus
colegas: “Como ela vai saber que seu saco é raspado?”
Fonte: PAULOPES WEBLOG
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