No final de janeiro de 1945, a poucas semanas do fim da Segunda
Guerra Mundial, multidões de alemães estavam em fuga do cerco soviético
no centro da Europa. Enfrentando temperaturas de 20 graus Celsius
negativos, o formigueiro humano vinha em direção à costa do Mar Báltico.
Na maioria eram mulheres e crianças, com a expectativa de entrar num
navio com destino ao Ocidente.
No porto de Gdingen, em Gdansk, estava ancorado o Wilhelm Gustloff.
Concebido pela organização Força pela Alegria, do partido de Hitler, o
navio era usado para cruzeiros de férias. Como o Titanic, o Wilhelm
Gustloff era um enorme navio de passageiros razoavelmente novo e
luxuoso.
No alvo dos soviéticos
Construída em 1936, a embarcação recebeu o nome do diretor regional
do Partido Nacional Socialista na Suíça, assassinado em 1935. Quando
aportou em Gdansk em 22 de janeiro de 1945, 60 mil pessoas já estavam à
sua espera.
Apesar da capacidade para apenas 1.400 passageiros, quase 6.500
conseguiram um refúgio no navio, que deixou o porto na tarde do dia 30. A
embarcação, entretanto, foi rastreada pelos soviéticos e posta a pique
por três torpedos lançados de um submarino.
O Wilhelm Gustloff ainda resistiu por 62 minutos antes de afundar. Os
passageiros, em pânico, não conseguiam soltar os poucos barcos de
salvamento, cujas amarras estavam congeladas. Mais de cinco mil pessoas
perderam a vida nas águas geladas, apenas 937 sobreviveram.
Fonte: DEUTSCHE WELLE
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