Por
recomendação do Ministério Público, a UEL (Universidade Estadual de
Londrina) proibiu a celebração na capela de seu campus da missa de ação
de graças e qualquer outro tipo de cerimônia religiosa.
O estado do Paraná gasta cerca de R$ 800 milhões com o orçamento
anual da universidade, que tem 20 mil alunos e mais de 5 mil
funcionários e pelo fato do estado ser laico nenhuma crença religiosa
pode fazer uso da estrutura da UEL.
No ano passado, o procurador da República João Akira Omoto instaurou um
procedimento administrativo para apurar a denúncia de que uma entidade
católica tinha se instalado na capela. Ficou comprovado que ali a
pastoral universitária produzia um boletim que era distribuído pelo
mailing da universidade, inclusive com papel com o logotipo da
instituição.
Marinete Violin, responsável pelos assuntos jurídicos da UEL, afirmou
que a Constituição garante a expressão de crenças religiosas, mas
reconheceu que o MP está certo. “O Estado é laico”, disse. “Não se pode
usar a estrutura e os instrumentos da universidade para fins
religiosos.”
A capela era usada para a missa de ação de graças havia dez anos. Agora,
dom Albano Cavallin, arcebispo emérito de Londrina, vai ter de
celebrá-la na Capela Nossa Senhora Esperança, no Jardim Champanhat.
Dom Cavallin admitiu que a pastoral cometeu “uma falha” ao usar papel
com o timbre da universidade, mas disse que a proibição da missa “não
tem fundamento jurídico consistente”.
Afirmou que, na missa da capela do Jardim Champanhant, vai falar “o que é estado secular, estado laico e estado ateu”.
Com informação da Rádio Paiquerê AM, de Londrina, Paulopes e foto de Rodrigo Torrezan.
Fonte: http://www.jornalmundogospel.com
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