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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ataque com explosivos preocupa governo do Paraguai

ASSUNÇÃO  - Um grupo armado de extrema esquerda lançou um ataque com explosivos contra uma delegacia de polícia no norte do Paraguai, deixando quatro agentes feridos e causando alarme no governo, que já investigava duas explosões ocorridas na semana passada em Assunção.

O chamado Exército do Povo Paraguaio (EPP) reivindicou a autoria do ataque ocorrido na noite de domingo na pequena cidade de Horqueta, no departamento de Concepción, 550 quilômetros ao norte de Assunção.

"É um atentado criminoso com características terroristas...a principal hipótese é de que se trata do autodenominado EPP", disse o ministro do Interior, Rafael Filizzola, numa entrevista coletiva.

O ministro explicou que o artefato foi colocado na frente da delegacia e explodiu no momento em que uma patrulha com quatro agentes saía para atender um pedido de auxílio.

A explosão causou danos a residências próximas à delegacia policial, situada numa região produtora de gado perto da fronteira com o Brasil, indicando um aumento da violência nas ações do grupo.

O ataque à delegacia coincide com o primeiro aniversário da libertação do pecuarista Fidel Zavala, do último sequestro do EPP, e ocorre quatro dias depois de duas bombas de fabricação caseira explodirem perto de um canal de televisão e em um parque de Assunção.

O EPP já havia reivindicado a colocação de um artefato na sede do Poder Judiciário em abril de 2009 e de uma bomba na caminhonete de Zavala quando ele foi sequestrado no final daquele mesmo ano, deixando dois policiais feridos.

Mas o chefe de inteligência da polícia, Carlos Altemburguer, disse que o grupo estava usando cada vez mais explosivos.

"Eles têm o treinamento e os insumos. Agora estamos entrando nessa etapa de ataques com explosivos que é de maior risco, porque são indiscriminados", afirmou.

Integrantes do EPP que as autoridades vinculam à guerrilha colombiana Farc são apontados como responsáveis por sequestros e ataques na década passada, incluindo o da filha do ex-presidente Raúl Cubas, assassinada em cativeiro há seis anos.

(Reportagem de Daniela Desantis)


Fonte: REUTERS

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