Deputados do Rio teriam pago propina a ex-assessor do Ministério da Saúde
Os escândalos de corrupção começam a se espalhar por outros prédios da Esplanada dos Ministérios. De acordo com reportagem da revista "Veja", o assessor especial do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, até dezembro, Edson Pereira Oliveira admitiu ter recebido R$ 200 mil de propina para pagamento de dívida de campanha.O ex-assessor garante que passou, desde então, a ser chantageado por três parlamentares fluminenses, supostamente envolvidos em esquema de corrupção dentro de órgãos de saúde do Rio.
Os deputados acusados são Nelson Bornier (PMDB), Aúreo (PRTB) e Marcelo Matos (PDT), que teriam exigido o direito de indicação de diretores de hospitais federais no Rio de Janeiro.
Oliveira disse que foi chantageado após aceitar dinheiro de um deputado hoje sem mandato, Cristiano (PTdoB), para pagamento de uma dívida de sua campanha a uma prefeitura no interior da Bahia, nas eleições de 2008.
Ao jornal Folha de S. Paulo, Bornier desmente a suposta chantagem sobre o ex-assessor do ministro.
Dados do Ministério da Saúde dão conta que 40 contratos da pasta com instituições médicas --como contratos de obras, locação de equipamentos e fornecimentos de medicamentos-- foram suspensos desde o início do ano passado. A revisão de contratos teria resultado em economia de mais de R$ 50 milhões.
Perguntado sobre o assunto, Padilha afirmou que soube da história apenas através da "Veja". O ministro afirmou, também, que entro em contato com a Polícia Federal e solicitou investigações sobre o caso.
Ainda de acordo com ele, a Controladoria Geral da União (CGU) iniciou uma auditoria, ainda em andamento, que revisa contratos de todos os seis hospitais federais em operação no Rio de Janeiro.
"Consideramos o fato extremamente grave, que se associa a outros fatos graves que o ministério detectou desde que começou a reforma administrativa dos hospitais do Rio, em fevereiro de 2011. Os fatos serão apurados até o fim, vamos tentar reaver os recursos desviados da saúde".
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Denúncia de propina a deputado arranha a imagem do PPS de Roberto Freire
O Partido Popular Socialista (PPS), do presidente Roberto Freire, cujo integrante da legenda, deputado federal Stepan Nercessian (PPS-RJ), foi acusado de receber propina do suposto bicheiro Carlinhos Cachoeira, até hoje, jamais havia sido envolvido em denúncias de corrupção.
A carreira política de Roberto Freire não permite que seu partido compactue com este tipo de denúncia. O parlamentar acusado deve, imediatamente, pedir seu desligamento da sigla. Jargões como "o dinheiro foi usado para comprar um apartamento", ou "para cuidar da saúde da minha mãe", não podem ser aceitos como desculpas.
O PPS, em hipótese alguma, pode estar associado ao mesmo tipo de escândalo que atinge o senador Demóstenes Torres (Dem-GO). O Brasil já não suporta mais este tipo de crise no Parlamento brasileiro.
O PPS, ao ser criado pelo histórico comunista Roberto Freire, de passado e presente exemplares, não merece este tipo de envolvimento.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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