Tor Borg junto ao seu cão, cujo nome 'oficial' era 'Jackie'
Documentos revelam tentativa de vingança
Poucos meses antes de Hitler ordenar a invasão da União Soviética, o governo alemão tinha outro problema: um cão rafeiro 'baptizado' com o nome do ditador e que tinha o hábito de levantar a pata direita como se estivesse a fazer a saudação nazi.
Segundo
documentos oficiais recentemente encontrados em Berlim, o regime nazi
tentou arruinar o dono do cão, um empresário do sector farmacêutico na
Finlândia, país escandinavo que mantinha a neutralidade em 1942 apesar
de ter fortes ligações à Alemanha.
Dono do grupo
Tamro, que ainda hoje existe, Tor Borg era casado com uma alemã
insuspeita de simpatias pelos nacionais-socialistas, que deu o nome ao
cão após verificar que este levantava a pata da mesma forma que a
maioria dos seus compatriotas erguiam o braço enquanto diziam 'Heil
Hitler'.
Nos arquivos do regime nazi foi
encontrada uma carta do vice-cônsul em Helsínquia em que este denunciava
que "uma testemunha, que não quis ser identificada", testemunhou a
polémica habilidade do cão de Tor Borg.
O
empresário foi chamado à embaixada da Alemanha em Helsínquia e negou que
o cão se chamasse 'Hitler', embora tenha reconhecido que a sua mulher o
tratava assim.
No entanto, Tor Borg salientou que
a imitação da saudação nazi só tinha ocorrido algumas vezes em 1933,
pouco depois de Hitler tomar o poder na Alemanha.
Acrescentou
ainda que nunca havia feito "nada que pudesse ser considerado um
insulto contra o Reich", mas não conseguiu convencer o embaixador.
Um
documento do Ministério da Economia germânico revela que o grupo
químico IG Farben, que era um dos principais fornecedores da
farmacêutica finlandesa, se ofereceu para deixar de fazer negócios com
Tor Borg.
Por seu lado, o Ministério dos Negócios
Estrangeiros tentou pôr o empresário em tribunal pelos insultos a Hitler
mas nunca conseguiu convencer nenhuma testemunha ocular das façanhas do
seu rafeiro.
O historiador responsável
pela pesquisa não encontrou provas irrefutáveis de que o caso tenha
chegado aos ouvidos do próprio Adolf Hitler. De qualquer forma, o cão
(cujo verdadeiro nome era 'Jackie') morreu de causas naturais e Tor Borg
faleceu em 1959, 12 anos antes da sua mulher.
Fonte: CORREIO DA MANHÃ (Portugal)
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