Plínio de Arruda Sampaio (foto), 80, manteve seu apoio à
candidatura ao padre belga Françóis Houtart, 85, ao Prêmio Nobel mesmo
após este ter admitido ter ‘tocado’ em uma criança de oito anos na
década de 70. Para uma testemunha, contudo, o que houve mesmo foi
estupro.
Em artigo para o Magazine Terra, o ex-candidato à Presidente da
República pelo PSOL minimizou a confissão de Houtart ao dizer que a
culpa pela pedofilia de padres é, em parte, do Vaticano, por manter o
celibato clerical.
Ele defendeu a apuração da denúncia contra Houtart, mas, independente do
que for confirmado, o padre deveria ganhar o Nobel, porque, disse, os
candidatos ao prêmio não precisam ser “santos de altar”.
“Os padres são seres humanos de carne e osso, como todos os demais e,
consequentemente, sujeitos às mesmas fraquezas que todos nós. Como foi
possível que um homem bom, generoso, valente como Houtart tenha caído
nesse pecado? Evidentemente por que se trata de um ser humano.”
Para Sampaio, o que importa é que o padre contribuiu para a “solução
pacífica de conflitos sociais e políticos”. Quanto a isso, disse,
Houtart foi impecável.
O próprio Houtart já pediu aos seus amigos e admiradores que parem com a campanha para o Nobel.
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