A cura da calvície pode chegar em dez anos
Má formação de células-tronco impediria o crescimento natural do cabelo
A falta de células progenitoras na região sem cabelo do couro cabeludo pode ser a chave para a cura da calvicie
(Christopher Robbins)
A equipe americana estuda se é possível resolver o problema criando um
creme ou loção. Não se sabe se o efeito é o mesmo nas mulheres
A calvície masculina pode estar com os dias contados. Cientistas
descobriram que uma das causas da perda excessiva de cabelo
são células-tronco que não se desenvolveram completamente no couro
cabeludo. Caso os pesquisadores consigam estimular o "amadurecimento"
dessas células, é possível que os fios voltem a crescer naturalmente,
acabando com a calvície.
A pesquisa foi conduzida pelo médico americano George Cotsarelis e
financiada pelo governo americano e pela empresa de cosméticos francesa
L'Oreal. O cientista analisou células de áreas calvas e com cabelo e
percebeu que, apesar de ambas as regiões possuírem o mesmo número de
células-tronco, as áreas sem cabelo possuem um tipo de célula em menor
quantidade. Essas células seriam as progenitoras, um estágio mais
'avançado'' das células-tronco.
De acordo com o cientista, isso quer dizer pode haver um problema na
ativação das células-tronco nas áreas calvas da cabeça para que elas se
transformem em células progenitoras. Agora, a equipe de Cotsarelis está
estudando possibilidades de resolver o problema criando um creme ou
loção. Seria possível também remover as células-tronco do couro cabeludo
do paciente, ativá-las em laboratório e transplantá-las de volta.
Os pesquisadores ainda não sabem se o efeito é semelhante nas mulheres e
pretendem investigá-lo nos estágios seguintes do estudo. Cotsarelis
acredita que um tratamento esteja disponível no mercado em cerca de dez
anos.
Fonte: Rev. VEJA
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