A construção de 61 hidroeléctricas previstas para serem instaladas em todo o Brasil, até 2019, poderá destruir uma área de 5,3 mil quilómetros quadrados de floresta no país, situando-se a maioria dos projectos na Amazónia.
O
Governo Federal planeia desflorestar uma área para a construção de 61
centrais hidroeléctricas e 7,7 mil quilómetros de linhas de transmissão,
mas o impacto pode ser ainda maior, denuncia este domingo o jornal
brasileiro ‘O Globo’.
A meta é instalar nos
próximos nove anos as novas centrais com 42 mil megawatts de energia. A
principal crítica feita por parte da imprensa brasileira deve-se à falta
de análises profundas sobre os impactos ambientais.
A
previsão de custos para aplicar em compensações ambientais é de 614
milhões de reais (280 milhões de euros), o que corresponde a meio por
cento do valor total das obras.
Das 61
hidroeléctricas, 15 interferem directamente em áreas de conservação
ambiental e outras 13 também interferem em reservas indígenas, segundo a
Empresa de Pesquisa Energética, órgão responsável pelo planeamento no
sector.
Além da desflorestação causada pelas obras
do sector eléctrico, a Amazónia Legal, que reúne nove Estados
brasileiros, deverá receber também projectos de transporte.
Está
prevista a construção de 1600 quilómetros de rodovias e outros 2600
quilómetros de ferrovias para os próximos quatro anos. Alguns destes
quilómetros deverão cortar áreas preservadas da floresta em Estados
como Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Pará.
Fonte: CORREIO DA MANHÃ (Portugal)
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