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sábado, 8 de janeiro de 2011

JORNALISTA ASSASSINADO E CASTRADO


Modelo Renato Seabra é principal suspeito do homicídio de jornalista e cronista do CM

Carlos Castro morto e castrado em hotel de Nova Iorque

O jornalista e cronista do CM Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado morto no quarto 3416 do hotel Intercontinental, em Times Square, revelou o Daily News na sua página de Internet. Segundo fontes policiais, o português foi morto e castrado, provavelmente com estilhaços de um copo de vinho.


Carlos Castro deu entrada no hotel a 29 de Dezembro, acompanhado pelo modelo português Renato Seabra, de 21 anos, que é neste momento o principal suspeito do homicídio cometido no 34º andar do hotel, situado em Times Square, mesmo no centro de Nova Iorque.
Renato Seabra terá saído do hotel momentos antes do corpo ter sido encontrado, tendo sido detido horas depois pelas autoridades num local próximo do crime.
De acordo com as declarações do jornalista Luís Pires à SIC Notícias, Renato Seabra terá resistido à detenção, tendo sido ferido pela polícia durante o processo. O suspeito encontra-se num hospital, sob custódia policial.
"A minha filha ia jantar com o Carlos Castro e esperou por ele na entrada do hotel. O Renato desceu as escadas com ar muito calmo, com algumas manchas, que agora se sabem ser de sangue, na roupa, e disse à minha filha que 'o Carlos já não sai hoje do hotel'", relatou Luís Pires ao canal televisivo, acrescentando que o jovem terá saído depois abandonado o hotel.
A filha do jornalista ter-se-á então mostrado preocupada e pediu a um funcionário para abrir o quarto em que Carlos Castro estava instalado, tendo-o encontrado "numa poça de sangue". "Um quadro dantesco, Carlos tinha graves lesões na cabeça e foi castrado. Fico horrorizado só de pensar nisso", contou Luís Pires.
A polícia foi então chamada ao local, por volta das 19h00 (00h00 em Lisboa), tendo encontrado Carlos Castro inconsciente e com sinais de ter sido agredido na cabeça e sexualmente mutilado.
Segundo a estação de televisão nova-iorquina NY1, Carlos Castro foi declarado morto no local pelos paramédicos.
De acordo com o relato de Luís Pires, "Renato pôs-se em fuga, andou a vaguear pela cidade", mas acabou por ser detido poucas horas depois, próximo do local onde ocorreu o crime. 
PERFIL
Nascido a 5 de Outubro de 1945 em Moçamedes, Angola, Carlos Castro interessou-se desde muito novo pela leitura e cedo descobriu a sua vocação para a poesia. Aos 15 anos partiu para Luanda, onde colaborou em diversos jornais, revistas e rádios.
Em 1973 venceu o festival de Luanda com o poema Feitiço de Tinta. Dois anos depois, chegou a Lisboa e nunca mais parou. Foi autor, realizador e intérprete de inúmeros espetáculos e tinha colaborações assíduas em várias publicações.
No dia que celebrou 65 anos de vida e 35 de carreira, o cronista social descreveu o seu percurso como "uma longa e feliz caminhada". Na altura, fez um balanço positivo da sua vida e carreira: "Eu sou uma pessoa muito positiva e acho que não tenho de me queixar de nada, nem da minha vida. Tenho tido tudo aquilo que quero".
"ERA UMA PESSOA MUITO GENEROSA, POLÉMICA  E FRONTAL": MARGARIDA MARTINS
"Ele apoiava-me sempre, apesar de às vezes se zangar connosco, mas era tudo da boca para fora, não era do coração. Era uma pessoa muito generosa e muito preocupada", reforçou Margarida Martins.
"Sempre falou abertamente de tudo, sempre esteve ao lado das pessoas. Era uma pessoa polémica, muito frontal e isso é muito importante neste país", disse a presidente da associação de apoio a pessoas com VIH/Sida.

Fonte: CORREIO DA MANHÃ (Portugal)

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