Modelo Renato Seabra é principal suspeito do homicídio de jornalista e cronista do CM
Carlos Castro morto e castrado em hotel de Nova Iorque
O
jornalista e cronista do CM Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado
morto no quarto 3416 do hotel Intercontinental, em Times Square, revelou
o Daily News na sua página de Internet. Segundo fontes policiais, o
português foi morto e castrado, provavelmente com estilhaços de um copo
de vinho.
Carlos
Castro deu entrada no hotel a 29 de Dezembro, acompanhado pelo modelo
português Renato Seabra, de 21 anos, que é neste momento o principal
suspeito do homicídio cometido no 34º andar do hotel, situado em Times
Square, mesmo no centro de Nova Iorque.
Renato
Seabra terá saído do hotel momentos antes do corpo ter sido encontrado,
tendo sido detido horas depois pelas autoridades num local próximo do
crime.
De acordo com as declarações do jornalista
Luís Pires à SIC Notícias, Renato Seabra terá resistido à detenção,
tendo sido ferido pela polícia durante o processo. O suspeito
encontra-se num hospital, sob custódia policial.
"A
minha filha ia jantar com o Carlos Castro e esperou por ele na entrada
do hotel. O Renato desceu as escadas com ar muito calmo, com algumas
manchas, que agora se sabem ser de sangue, na roupa, e disse à minha
filha que 'o Carlos já não sai hoje do hotel'", relatou Luís Pires ao
canal televisivo, acrescentando que o jovem terá saído depois abandonado
o hotel.
A filha do jornalista ter-se-á então
mostrado preocupada e pediu a um funcionário para abrir o quarto em que
Carlos Castro estava instalado, tendo-o encontrado "numa poça de
sangue". "Um quadro dantesco, Carlos tinha graves lesões na cabeça e foi
castrado. Fico horrorizado só de pensar nisso", contou Luís Pires.
A
polícia foi então chamada ao local, por volta das 19h00 (00h00 em
Lisboa), tendo encontrado Carlos Castro inconsciente e com sinais de ter
sido agredido na cabeça e sexualmente mutilado.
Segundo a estação de televisão nova-iorquina NY1, Carlos Castro foi declarado morto no local pelos paramédicos.
De
acordo com o relato de Luís Pires, "Renato pôs-se em fuga, andou a
vaguear pela cidade", mas acabou por ser detido poucas horas depois,
próximo do local onde ocorreu o crime.
PERFIL
Nascido
a 5 de Outubro de 1945 em Moçamedes, Angola, Carlos
Castro interessou-se desde muito novo pela leitura e cedo descobriu a
sua vocação para a poesia. Aos 15 anos partiu para Luanda, onde
colaborou em diversos jornais, revistas e rádios.
Em
1973 venceu o festival de Luanda com o poema Feitiço de Tinta. Dois
anos depois, chegou a Lisboa e nunca mais parou. Foi autor, realizador e
intérprete de inúmeros espetáculos e tinha colaborações assíduas em
várias publicações.
No dia que celebrou 65 anos
de vida e 35 de carreira, o cronista social descreveu o seu percurso
como "uma longa e feliz caminhada". Na altura, fez um balanço positivo
da sua vida e carreira: "Eu sou uma pessoa muito positiva e acho que não
tenho de me queixar de nada, nem da minha vida. Tenho tido tudo aquilo
que quero".
"ERA UMA PESSOA MUITO GENEROSA, POLÉMICA E FRONTAL": MARGARIDA MARTINS
"Ele
apoiava-me sempre, apesar de às vezes se zangar connosco, mas era tudo
da boca para fora, não era do coração. Era uma pessoa muito generosa e
muito preocupada", reforçou Margarida Martins.
"Sempre
falou abertamente de tudo, sempre esteve ao lado das pessoas. Era uma
pessoa polémica, muito frontal e isso é muito importante neste país",
disse a presidente da associação de apoio a pessoas com VIH/Sida.
Fonte: CORREIO DA MANHÃ (Portugal)
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