Chile reconhece Palestina como Estado independente
Santiago do Chile, 7 jan (EFE).- O ministro das Relações Exteriores
do Chile, Alfredo Moreno, anunciou nesta sexta-feira que seu país
resolveu reconhecer a Palestina como Estado "livre, independente e
soberano", tal como já o fizeram Brasil, Argentina, Bolívia, Equador,
Venezuela e Cuba.
"O Governo do Chile, que permanentemente apoiou o direito do povo
palestino a se constituir em Estado independente e coexistindo em paz
com o Estado de Israel, adotou a resolução de outorgar seu
reconhecimento à existência do Estado da Palestina como um Estado livre,
independente e soberano", destacou o chefe da diplomacia chilena.
O anúncio foi feito por Moreno a jornalistas, uma semana depois
que o presidente chileno, Sebastián Piñera, se reuniu em Brasília com o
presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas,
dutante a cerimônia de posse da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
No início de dezembro, Abbas enviou a Piñera uma carta na qual
solicitou o reconhecimento por parte do Chile, onde vivem cerca de 400
mil palestinos, que formam a maior comunidade fora do mundo árabe.
O reconhecimento do Chile ao Estado palestino se junta a Brasil,
Argentina, Bolívia e Equador. Enquanto Cuba, Costa Rica, Nicarágua e
Venezuela já haviam feito no passado, e Uruguai manifestou sua intenção
de reconhecer.
Moreno confirmou, além disso, que o governante chileno visitará
Israel e os territórios palestinos durante a primeira semana de março.
"O presidente viajará em primeiro lugar a Israel, no dia 4 de
março, e no dia 5 à Palestina, a fim de fortalecer os laços de amizade e
cooperação entre Chile e os Estados de Israel e Palestina", precisou
Moreno.
O chefe da diplomacia chilena aproveitou a ocasião para fazer um
especial reconhecimento às comunidades judaica e palestina no Chile, por
sua valiosa contribuição ao desenvolvimento social, cultural, político e
econômico do país ao longo de muitas décadas e por sua plena integração
a sociedade.
Na terça-feira passada, o Senado chileno aprovou um projeto de
acordo no qual solicitou ao presidente Sebastián Piñera que reconhecesse
a Palestina como um Estado "pleno, livre e soberano".
Fontes: EFE c/ DEUSTCHE WELLE
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