Testes recém-divulgados em
amostras de ração contaminada na Alemanha apontam que o alimento animal
continha mais de 77 vezes a quantidade aceitável de dioxina, um composto
químico venenoso.
O nível é muito maior do que se acreditava até agora.
A descoberta da dioxina nas rações já havia
forçado o fechamento de mais de 4,7 mil fazendas no país, a maioria de
criação de porcos da região da baixa Saxônia (norte da Alemanha).
Os temores de contaminação, antes limitados ao
território alemão, aumentaram com a notícia de que um carregamento de
ovos foi exportado à Holanda e, dali, à Grã-Bretanha.
A Coreia do Sul, por sua vez, bloqueou as importações de carnes de porco e frango e derivados da Alemanha.
As autoridades alemãs investigam uma possível
“atividade ilegal” depois de uma empresa supostamente vender 3 mil
toneladas de ácidos graxos contaminados a fabricantes de rações.
As investigações apontam que a contaminação
começou no Estado de Schleswig-Holstein, no norte do país. Óleos que
aparentemente seriam usados como biocombustíveis em processos
industriais foram distribuídos por acidente para a fabricação de rações.
Segundo um porta-voz do Ministério da
Agricultura do país, “há indicativos de que a empresa (que distribuiu a
carga tóxica) sequer era registrada oficialmente, para não se submeter a
controles oficiais”.
Amostras
Uma amostra de março passado estava, segundo
testes, contaminada com mais do dobro da quantidade de dioxina aceitável
(que é 0,75 nanogramas por quilo de ácido graxo) em ração animal.
Os testes mais recentes, divulgados nesta sexta-feira, mostram níveis muito maiores.
A extensão do problema foi revelada no início
desta semana, quando autoridades alemãs informaram que 3 mil toneladas
de ração estavam contaminadas. Mas afirmam que o fechamento das fazendas
animais é apenas uma medida de precaução, já que, até o momento, não há
relatos de problemas de saúde em humanos por conta do episódio.
Stephen Evans, correspondente da BBC News em
Berlim, diz que, segundo autoridades britânicas, alemãs e belgas, apesar
de excessivas, o volume de dioxina ainda não parece ser perigoso para a
saúde humana.
Ainda assim, há relatos de que a substância –
produzida em processos industriais e queima de lixo – pode contribuir
para aumentar a incidência de câncer e ser prejudicial para mulheres
grávidas.
As autoridades alemãs proibiram mais de mil fazendas de vender ovos até que se confirme que elas estão livres de contaminação.
Na semana que vem, Berlim relatará o caso a seus
pares da União Europeia, o que pode levar a novas regras para rações de
animais no bloco europeu.
Fonte: BBC
-=-=-=-=
O precedente da China:
Após o escândalo, o governo chinês havia prometido regular a indústria de laticínios para proteger a população.
A mídia estatal chinesa diz, no entanto, que os produtos contaminados da empresa Shanghai Panda Dairy Company Limited foram descobertos depois da suposta destruição de todos os laticínios de 22 companhias, contaminados com a substância tóxica.
Contaminação
Uma investigação criminal foi instaurada em fevereiro e a empresa Shanghai Panda foi fechada.
Mas, segundo o correspondente da BBC em Xangai, Chris Hogg, a população chinesa não foi informada de que melamina havia sido encontrada no leite em pó e no leite condensado da Shanghai Panda e não houve recall dos produtos.
Alguns analistas dizem que isso ocorreu porque o governo estava preocupado com os possíveis prejuízos de mais um escândalo para a indústria de laticínios, que lutava para se recuperar dos problemas do ano anterior.
Autoridades do governo dizem que o caso de Xangai não tem conexão com o escândalo de 2008, ainda segundo a mídia estatal.
O governo também rejeitou acusações de que parte do material contaminado que deveria ter sido destruído acabou escapando e voltando ao mercado.
As prisões dos executivos seguem a detenção de outros três diretores de uma empresa na província de Shaanxi, no noroeste da China, há duas semanas.
Eles também foram acusados de vender leite contaminado com melanina.
Fonte: BBC
-=-=-=-=
O precedente da China:
Venda de leite contaminado continua na China, diz Justiça
Cerca de um ano depois da morte
de seis crianças e de outras 300 mil terem ficado doentes por causa de
leite contaminado na China, surgiram novas acusações de que a prática
continua no país.
Procuradores da cidade de Xangai confirmaram
nesta quarta-feira à BBC que três executivos de uma fabricante de
laticínios na cidade foram acusados de vender leite contaminado com a
substância melamina e serão julgados em uma semana.Após o escândalo, o governo chinês havia prometido regular a indústria de laticínios para proteger a população.
A mídia estatal chinesa diz, no entanto, que os produtos contaminados da empresa Shanghai Panda Dairy Company Limited foram descobertos depois da suposta destruição de todos os laticínios de 22 companhias, contaminados com a substância tóxica.
Contaminação
Uma investigação criminal foi instaurada em fevereiro e a empresa Shanghai Panda foi fechada.
Mas, segundo o correspondente da BBC em Xangai, Chris Hogg, a população chinesa não foi informada de que melamina havia sido encontrada no leite em pó e no leite condensado da Shanghai Panda e não houve recall dos produtos.
Alguns analistas dizem que isso ocorreu porque o governo estava preocupado com os possíveis prejuízos de mais um escândalo para a indústria de laticínios, que lutava para se recuperar dos problemas do ano anterior.
Autoridades do governo dizem que o caso de Xangai não tem conexão com o escândalo de 2008, ainda segundo a mídia estatal.
O governo também rejeitou acusações de que parte do material contaminado que deveria ter sido destruído acabou escapando e voltando ao mercado.
As prisões dos executivos seguem a detenção de outros três diretores de uma empresa na província de Shaanxi, no noroeste da China, há duas semanas.
Eles também foram acusados de vender leite contaminado com melanina.
Fonte: BBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário