Um documento publicado nesta quinta-feira pelo site WikiLeaks revela
como a ideologia contaminou decisões diplomáticas ao longo do governo
Lula - e não apenas no caso do terrorista italiano Cesare Battisti. Como
revela o documento de setembro de 2006, produzido pela embaixada
americana em Brasília, a decisão de abrigar Olivério Medina,
guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foi
resultado de "pressão política de alto nível" e representa uma
contradição diante do “compromisso brasileiro” com o combate ao
terrorismo. Uma reportagem de VEJA, publicada em março de 2005, mostra
que Medina anunciou, em 2002, uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos petistas.
A nota da missão diplomática norte-americana no Brasil aponta Marco
Aurélio Garcia, assessor internacional do governo Lula, como fonte das
pressões para que o padre fosse recebido no Brasil. A decisão foi
criticada pela embaixada da Colômbia, que denunciou aos EUA a
contradição entre o discurso do governo Lula e as suas atitudes. O texto
considera "críveis" as alegações de que a "Presidência (brasileira)
subverteu o processo e pressionou o Comitê Nacional para os Refugiados
para tomar uma decisão contrária a suas próprias diretrizes".
Histórico - Quatro anos antes, a Polícia Federal
brasileira havia prendido Medina pela segunda vez, a pedido da Colômbia.
Em 2005, o governo de Álvaro Uribe pediu sua extradição para a
Colômbia, mas, em 2006, Medina recebeu o status de refugiado político no
Brasil, após negar as acusações de assassinato. O Supremo Tribunal
Federal negou a extradição de Medina em 2007.
O refúgio político de Medina foi discutido em uma reunião entre o então
embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, Luiz Paulo Barreto,
presidente do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), o ex-chanceler
Celso Amorim e o recém-nomeado ministro das Relações Exteriores Antônio
Patriota - à época, secretário de Assuntos Políticos do Itamaraty.
PT - Uma reportagem publicada por VEJA em março de
2005 mostra que arquivos da Agência Brasileira de Inteligência em
Brasília revelaram ligações claras das Farc com o PT.
Um dos documentos relata que, durante uma festa em 13 de abril de 2002,
Medina disse que sua organização doaria 5 milhões de dólares para a
campanha eleitoral de candidatos petistas de sua predileção. Na ocasião,
faltavam menos de seis meses para a eleição.
Fonte: Rev. VEJA
Fonte: Rev. VEJA
Um comentário:
Desde quando a opinião dos americanos é real??
Eles se consideram "donos do mundo".
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