O PT, que sempre combateu a lei de greve do tempo da ditadura, está agindo igualzinho os golpistas de 1964.
Claro que o PSDB e outros partidos de oposição estão por detrás do movimento da categoria dos militares (afinal, este é um ano eleitoral e a principal liderança dos grevistas é filiada ao PSDB), mas, independentemente das filiações partidárias, penso que fazer greve é direito de qualquer um, embora nos serviços essenciais como transporte coletivo, banco, segurança pública e saúde a greve implique em sérios problemas para a população.
O fato é que, sem a mobilização e a paralização, os patrões (mormente os governos) não se sentem motivados a negociar efetivamente.
Não há, portanto, outra alternativa para as categorias que se encontrem com a remuneração defasada.
HÁ QUE SE CONSIDERAR, AINDA QUE, QUEM PODE MAIS PODE MENOS, ou seja, que grande parte da categoria, descontente com a remuneração e condições outras de trabalho, ao invés de fazer greve, poderia simplesmente pedir exoneração da função, o que seria bem pior do que os efeitos da greve, não é mesmo?
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O juiz federal que cruzar os braços nesta quarta-feira, dia 27 de abril, terá o dia de trabalho descontado. A decisão é do Conselho da Justiça Federal, que ao saber da paralisação dos magistrados aprovou proposta do presidente do CJF, ministro Ari Pargendler (também presidente do Superior Tribunal de Justiça), para que seja descontado dos juízes que aderirem ao movimento o dia que não trabalharem.
A Associação dos Juizes Federais do Brasil (Ajufe) promete uma paralisação de 24 horas para “chamar a atenção aos problemas enfrentados pela magistratura federal, em especial a falta de segurança dos juízes que lutam contra o crime organizado e o tráfico de drogas”.
De acordo com um comunicado da associação divulgado nesta segunda (25), as portas da Justiça estarão abertas, apesar da paralisação. “Todos os casos de urgência serão atendidos para não prejudicar o cidadão”, revela.
A decisão pela paralisação foi tomada por 83% dos magistrados. Além de mais segurança – reivindicada por intermédio do PLC 3/2010, aguardando votação no Senado – eles também querem a simetria de direitos e prerrogativas com o Ministério Público Federal, aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ); e a revisão dos subsídios de acordo com as perdas inflacionárias.
A Ajufe alega que essa revisão deveria ser anual, mas nos últimos seis anos ocorreu apenas uma correção e as perdas acumuladas chegam a quase 16%.
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/
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