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domingo, 10 de junho de 2012

Ex-presidente do Banco do Vaticano teme ser morto por integrante da Igreja





Tedeschi investigava quem estava
por detrás das contas numeradas

 

O economista Ettore Gotti Tedeschi (foto), 67, ex-presidente do Banco do Vaticano, elaborou um relatório sobre as irregularidades da instituição para ser entregue a dois seus amigos, um advogado e um jornalista do Corriere della Sera, caso ele venha a ser assassinado. A informação é do jornal El País

Na versão do jornal, Tedeschi teme ser morto por alguém da cúpula do Vaticano desde que começou a investigar algumas contas numeradas do banco, as quais seriam de dinheiro sujo de empresários, políticos e integrantes da máfia.

A convite do papa Bento 16, de quem é amigo, Tedeschi, um membro importante da ordem ultraconservadora Opus Dei, assumiu em 2009 o Instituto para Obras Religiosas (nome oficial do Banco do Vaticano) com a missão de tornar transparentes os seus demonstrativos, o que era (e continua sendo) uma exigência de instituições financeiras internacionais, de modo a evitar a lavagem de dinheiro.

O economista foi demitido sumariamente em maio, um dia depois da detenção de Paolo Gabriele, o mordomo do papa e apontado como um dos responsáveis pelo vazamento de documentos confidenciais do Vaticano.

A rede de intriga no Vaticano que tem vindo à tona se apresenta tão densa, que, só pelo noticiário, é difícil localizar o seu eixo.


Fala-se que, além do dinheiro sujo do Banco do Vaticano, está em jogo o cargo de dom Carlo Maria Viganò, responsável pelo pelas aquisições de suprimentos – ele estaria atolado em casos de corrupção.

Há ainda uma versão de que tudo faz parte de um plano para assassinar Bento 16 e antecipar, assim, a sua substituição. Um dos inimigos de Tedeschi é o cardeal Tarcísio Bertone, secretário de Estado e um dos cogitados para suceder Bento 16, que está com 85 anos.

Se tantas implicações fossem apresentadas em um filme sobre o Vaticano, alguém poderia dizer que se trata de um enredo por demais fantasioso.


Pablo Ordaz, correspondente em Roma do El País, escreveu que o Vaticano teme que o relatório confidencial de Tedeschi venha a ser investigado pelo Ministério Público italiano, expondo a feroz luta pelo poder que ocorre na hierarquia da Igreja Católica, além da lavanderia que é o Banco do Vaticano.

Na sexta-feira (8), a propósito do vazamento de documentos, a Santa Sé soltou uma nota onde afirma ter confiança nas autoridades judiciais italianas, mas que a soberania do Vaticano tem de ser respeitada.

"A Santa Sé (...) está analisando com muito cuidado a nocividade possível das circunstâncias", disse a nota. Para o El País, esse trecho quis dizer: “Não se metam em nossos assuntos”.

Com informação do El País.

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