Entrevista com Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte
Por Thácio Siqueira
BELO HORIZONTE, quarta-feira, 20 de junho de 2012 (ZENIT.org)
– Ontem ZENIT publicou a primeira parte da entrevista com o Dom Walmor
Oliveira de Azevedo, arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte sobre o
grande projeto da Catedral de Cristo Rei da
diocese.
Publicamos na íntegra a segunda parte da entrevista:
***
ZENIT: Por que o nome Cristo Rei?
DOM
WALMOR: O nome Catedral Cristo Rei é um respeito à história da
Arquidiocese de Belo Horizonte, ao sonho que nasceu no ministério
pastoral de seu primeiro arcebispo. Acima de tudo, a Catedral será sinal
da centralidade de Cristo, o Filho de Deus que é Rei porque é servidor e
redentor. A Catedral Cristo Rei será lugar de encontro com Ele, do
compromisso com a vida
plena para todos.
ZENIT: O projeto arquitetônico da Catedral Cristo Rei é de Oscar Niemeyer. Por que escolhê-lo?
DOM
WALMOR: O trabalho de Oscar Niemeyer ganhou projeção nacional e
internacional a partir de suas obras na capital mineira, do Complexo da
Pampulha, referência especial à igreja de São Francisco de Assis. Belo
Horizonte, por sua vez, tem em sua identidade os traços do arquiteto,
presentes em tantas obras, como a Cidade Administrativa. A escolha de
Niemeyer é um respeito à arquitetura que identifica a capital. Deve-se
também às características de seu trabalho, que se aproxima da obra de
arte. A arte é um caminho para a transcendência e diálogo com
Deus.
ZENIT: Como será a estrutura da Catedral?
DOM
WALMOR: A Catedral será formada por duas peças laterais, com 100 metros
de altura. Essas peças sustentam uma cúpula de 60 metros de diâmetro. A
base é formada por três pavimentos que formarão uma grande praça, com
um altar, equipado de concha acústica e estrutura para missa campal. Um
espaço que também será ideal para manifestações culturais e artísticas. A
Cruz de Cristo Rei, que já foi erguida no terreno, é feita de aço e
nióbio, minérios de Minas Gerais. O campanário terá sete sinos que
representam as notas musicais.
A
grande estrutura da Catedral Cristo Rei alavancará programas e
projetos, no âmbito da arte, da cultura, da educação, do serviço social e
da comunicação. É um projeto concebido para cultivar a experiência de
fé no Deus Vivo, para oferecer serviços à vida, em interface e
cooperação com outros segmentos da sociedade.
ZENIT:
Na Catedral haverá um livro de ouro digital, onde aparecerá o nome de
todos os que contribuírem para essa obra. Como será esse livro?
DOM
WALMOR: O livro será uma ferramenta digital que estará disponível para
consultas. Apresentará o nome de cada um que se dispuser a fazer sua
oferta e, assim, contribuir para a edificação da
Catedral. É uma homenagem, um singelo e eterno gesto de gratidão aos
que ajudam a levar a Palavra de Deus ao coração de tantas pessoas. Com
um simples toque, será possível visualizar o nome daqueles que fazem
parte dessa caminhada rumo à Catedral Cristo Rei.
ZENIT: Qual é a explicação da arquitetura da Catedral de Cristo Rei?
DOM
WALMOR: A contemplação da arte no olhar comum provoca reações e dá
oportunidade de entendimentos novos. O projeto Catedral Cristo Rei evoca
e indica, com traços de uma espécie de gótico moderno, indubitavelmente
a transcendência. Suas linhas arquitetônicas convidam à contemplação.
São linhas que desenham mãos postas em oração, sobrepostas ao
globo. Também é tenda, a tenda do Verbo, Jesus Cristo, o Redentor, que
"habitou entre nós" e com sua encarnação abriu o caminho novo da
humanidade.
As
linhas também podem ser interpretadas como referência ao gesto de
condescendência de Deus Filho, o Cristo, que se inclina sobre a condição
humana, a ela se assemelhando em tudo, exceto no pecado, devolvendo-lhe
a inteireza da dignidade humana na expressão vitoriosa do fim da
condição decaída, porque Deus nos amou primeiro e por nós se entregou. É
o mesmo caminho para compreender a localização da cruz de 20 metros à
entrada, surgindo de dentro das águas da purificação batismal -
referência ao trono do Rei que é Cristo, sem triunfos ou presas, mas
como servidor que se entrega sem medida na oferta da própria vida para
"que todos tenham vida e a tenham em
abundância".
ZENIT: Para quando se prevê a conclusão das obras?
DOM
WALMOR: O término e o início da obra serão sempre determinados pelo
solicitado engajamento de todos os segmentos da sociedade e de todos os
cidadãos. A expectativa é que, até o fim do ano, a obra efetivamente
comece, com a preparação do terreno, que fica na Av. Cristiano Machado,
no chamado Vetor Norte de Belo Horizonte, região que está na periferia
da capital e, ao mesmo tempo, é o epicentro da Região Metropolitana.
Local estratégico para acolher e servir os mais pobres e, ao mesmo
tempo, irradiar os ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo.
Será
um espaço para grandes celebrações, local de encontro e congregação, a
casa do povo de Deus, a igreja-mãe da Arquidiocese de Belo Horizonte.
ZENIT: Como ajudar na construção do projeto?
DOM
WALMOR: A Campanha Faço Parte congrega todos que contribuem para a
edificação da Catedral. Aquele que deseja apresentar sua oferta, ou
mesmo conhecer mais sobre a Catedral Cristo Rei, deve procurar a
Campanha, pelo telefone (31) 3209-3559 ou pelo site da Catedral Cristo
Rei (www.catedralcristoreibh.com.br).
DOAÇÕES EM PROL DA CATEDRAL:
MITRA ARQUIDIOCESANA DE BELO HORIZONTE
- Banco Bradesco (237)
Agência: 2485-6
Conta Corrente: 33.777-3
Nominal: Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte
- Banco Bradesco (237)
Agência: 2485-6
Conta Corrente: 33.777-3
Nominal: Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte
- Banco Itaú (341)
Agência: 1403
Conta Corrente: 97.888-3
Nominal: Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte
Agência: 1403
Conta Corrente: 97.888-3
Nominal: Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte
- Banco Santander
(033)
Agência: 3476
Conta Corrente: 13003705-7
Nominal: Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte
Agência: 3476
Conta Corrente: 13003705-7
Nominal: Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte
Fonte: ZENIT
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