Marianne Thieme: "Liberdade religiosa termina onde começa o sofrimento de humanos ou de animais" |
O Parlamento da Holanda concedeu aos líderes do judaísmo e do islamismo
um ano para provar cientificamente que o abate religioso não causa
sofrimento nos animais.
Em junho de 2011, a Câmara dos Deputados aprovou lei que proíbe esse tipo de abate porque é feito sem o atordoamento dos animais. A lei terá de ser votada pelo Senado, para ser confirmada ou não, o que ocorrerá após o prazo dado para a manifestação dos religiosos.
A lei foi proposta pelo Partido pelos Animais, o único do gênero no mundo. Para Marianne Thieme (foto), líder do partido, “a liberdade religiosa termina onde começa o sofrimento humano ou animal”. Ela é seguidora da Igreja Adventista do 7º Dia.
A proposta da nova lei uniu judeus e muçulmanos do país. Eles acusam o Parlamento de querer acabar com a liberdade de religião.
Pela tradição judaica e islâmica, os animais têm de estarem conscientes no momento do abate, e, se assim não for, eles se tornam impuros, impróprios, portanto, para o consumo.
Judeus e muçulmanos defendem que suas técnicas de abate — kosher e halal, respectivamente — não causam dor aos animais porque eles morrem rapidamente. O Partido pelos Animais discorda.
Peter Singer, professor de bioética da Universidade de Princeton (EUA) e defensor dos animais, sugeriu aos judeus e muçulmanos que sigam a recomendação apresentada por um rabino: deixarem de comer carne. Ele escreveu um artigo onde diz que o Torá nem o Corão obrigam o consumo de animais.
Abate Kosher
Com informação do Project Syndicate.
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