Por coincidência, os países onde avulta a corrupção são de maioria católica, tal e qual o Brasil.
É preciso livrar-se da influência perniciosa do Vaticano, um antro de corrupção e lavagem de dinheiro, quem quiser começar a eliminar o cancro do desvio e malversação de dinheiro público.
Mas, não só da Igreja Católica vêm os maus exemplos. Atualmente, no Brasil pelo menos, as Igrejas Evangélicas estão a adotar as mesmas práticas nefastas de negociatas com agentes públicos, em troca de apoio político que garanta a "governabilidade".
-=-=-=-=
A corrupção e a ineficácia dos
sistemas públicos na Grécia, na Espanha, na Itália e em Portugal
contribuíram para a crise fiscal que enfrentam atualmente esses países,
afirma um relatório da organização Transparência Internacional (TI),
publicado nesta quarta-feira em Bruxelas.
O estudo "Dinheiro, política, poder: os riscos
da corrupção na Europa" investigou mais de 300 instituições de 25 países
do continente e concluiu que "nenhum deles sai dessa revisão de
integridade com uma ficha de saúde completamente limpa".
Grécia, Espanha, Itália e Portugal
lideram a lista dos que apresentam "sérias deficiências", como falta de
transparência, ineficácia e abusos de autoridade "enraizados" na
administração pública, que carece de mecanismos e vontade política para
prevenir e punir casos de corrupção, de acordo com o relatório.
Por trás da crise
Segundo a TI, cerca de 2% dos funcionários
públicos gregos já foram submetidos a um procedimento disciplinar,
porcentagem inferior ao número de denúncias de corrupção existentes no
país.
Em Portugal menos de 5% dos casos de corrupção levados à Justiça terminam com uma condenação.
"A relação entre a corrupção e a atual crise
financeira e fiscal nesses países (junto com Espanha e Itália) já não
pode ser ignorada", afirma o relatório, que ressalta que "não são apenas
as tradicionais formas de corrupção, como o suborno, que estão
relacionadas a um pobre desempenho macroeconômico".
Os quatro países que estão no centro da crise da
zona do euro também sofrem com práticas consideradas legais mas não
éticas, como tráfico de influência e uma relação muito estreita entre o
poder público e o setor privado, derivada da falta de controle sobre os
lobbies.
"Todos esses fatores resultaram em uma forma
mais sutil de manipulação política que influencia a tomada de decisões
para beneficiar a poucos em detrimento de muitos", analisa a
organização.
Países ricos
O relatório também chama a atenção para
problemas de corrupção nos países considerados ricos, como Suíça e
Suécia, onde não há regras sobre o financiamento de partidos políticos e
é possível realizar doações anônimas.
"Grandes doações privadas representam um risco
para a democracia, particularmente quando envolvem companhias com
grandes somas de dinheiro desenvolvendo uma estreita relação com
partidos políticos e, portanto, ganhando significativa influência sobre
as políticas de um país", adverte.
A França falha ao não tornar públicas as
declarações de renda de deputados, o que a TI considera "altamente
problemático, já que significa que (esses documentos) não têm realmente
valor como mecanismo de transparência pública".
Já a Alemanha é, junto com a República Tcheca, o
único país da União Europeia que não ratificou a convenção da ONU
contra a corrupção, e seu sistema de financiamento de partidos políticos
"está longe de ser exemplar", destaca o estudo.
"Muitos na Europa estimam que a corrupção existe
apenas em outros países, particularmente naqueles em desenvolvimento.
Essa complacência é mal informada (...) e significa que a prevenção da
corrupção não é uma prioridade política em muitos países da região",
adverte.
Para a TI, a crise "deveria servir como um
alerta para que os países europeus reformem seus sistemas políticos de
maneira que a corrupção e a má administração possam ser seriamente
tratadas".
Fonte: BBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário