Música do mundo em um cenário tipicamente alpino
Sossegada por natureza, a simpática Montreux abandona temporariamente a calmaria para receber figurões do jazz e até cantores brasileiros em um dos festivais mais célebres do planeta
Bruna Tiussu / MONTREUX - O Estado de S.Paulo
O sossego da simpática Montreux está com os dias
contados. A partir de 29 de junho, astros do calibre de Bob Dylan, Van
Morrison e Tony Bennett vão subir aos palcos do Auditório Stravinski e
do Miles Davis Hall como atrações principais do 46.º Festival de Jazz de
Montreux. Estrelas da música como Alanis Morissette, Noel Gallagher e
os brasileiros - que já têm lugar cativo no evento - Gilberto Gil e
Jorge Ben Jor também terão o seu momento de fazer o público vibrar. Tal
line up já é suficiente para mostrar que o maior festival de jazz
europeu é, na verdade, um eclético e amigável encontro musical. Que
combina perfeitamente com a atmosfera harmônica da cidade que o sedia.
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Valentin Flauraud/ Reuters
Freddie Mercury, um dos mais queridos antigos moradores de Montreux, foi imortalizado como escultura
Pequenina, localizada na fronteira com a França, Montreux tem tudo
aquilo que se espera de um destino suíço. De um lado, montes esverdeados
com as bases ocupadas por edificações de madeira, multicoloridas,
tipicamente nórdicas. Do outro, as águas límpidas do Lago Genebra e, ao
fundo, a panorâmica composta por montanhas cujos picos estão sempre
cobertos de neve. Tudo isso interligado por ruas com perfeita
sinalização, limpeza impecável e jardins de dar inveja.
Em época de festival ou não, é na beira do Lago Genebra que o turista
começa a sentir o clima da cidade. Muito porque o largo calçadão de
cerca de 7 quilômetros de extensão é utilizado pelos moradores em
momentos diversos, desde uma caminhada no fim do dia até como ponto de
encontro entre amigos. Todo arborizado com plantas variadas e as mais
coloridas flores servindo de adorno, até parece que recebe cuidados
diários. Praças, restaurantes e bares - muitos com uma agenda de jazz à
noite - também contribuem para a descontração do local.
Na Avenue des Alpes, logo atrás da orla, fica o Le Chalet
(lechalet-montreux.ch), um dos restaurantes de cozinha tradicionalmente
suíça. Ideal para experimentar delícias locais como batata rosti
recheada com queijo Tomme Vaudoise e bacon (20 francos suíços ou R$
41,50) ou se deleitar com um fondue de queijo (38 francos ou R$ 79).
Ídolo local. A homenagem a um dos mais queridos antigos moradores de
Montreux tampouco poderia ocupar outra área. É ali, ainda na beira do
lago, que a estátua em tamanho real de Freddie Mercury foi instalada em
1996 e, hoje, recebe a visita - e flores - de visitantes vindos de todo o
mundo. O vocalista do Queen (morto em 1991) morou na cidade por bons
anos e ali manteve um estúdio. A paixão pela natureza exuberante e clima
amigável da cidade era tanta que o astro escolheu o próprio Lago
Genebra para ilustrar a capa de Made in Heaven (1995), um de seus
discos.
Saiba mais
Festival: a 46ª edição do Festival de Jazz vai de 29 de junho a 14 de
julho. Além do Auditório Stravinski e do Miles Davis Hall, haverá
atrações ao ar livre e gratuitas - a agenda ainda não foi divulgada
Preços: ingressos para alguns shows já estão à venda. Os preços vão de 70 a 350 francos suíços (R$ 145 e R$ 725)
Fonte: ESTADO DE SP
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