Javier Martínez considera ainda que o aborto é mais grave do que crimes provocados pelo nazismo
O arcebispo de Granada, na Espanha, Javier Martínez, causou polêmica durante uma missa, ao afirmar que o estupro é válido em mulheres que já fizeram aborto.
Para Martínez, “matar uma criança dá ao homem a licença absoluta, sem
limites, de abusar do corpo desta mulher, porque ela trouxe a tragédia
para a própria vida“. As informações são do jornal argentino Diario
Registrado.
O religioso espanhol realizava sua homilia no último dia do ano e aproveitou para criticar a Lei do Aborto, na Espanha.
A lei, aprovada pelo governo de José Luis Zapatero (2004-2011),
aprovada no primeiro ano do antigo governo, legalizava o aborto para
mulheres com até 14 semanas de gravidez, ou em 22, no caso de risco para
gestante.
Entretanto,o dispositivo poderá ser revogado pelo recém-empossado governo do PP (Partido Popular), de tendência conservadora e ligado à Igreja Católica.
O arcebispo comparou a medida com o regime nazista de Adolf Hitler.
Para ele, os crimes cometidos pelo regime alemão não eram tão
repugnantes quanto o ato do aborto.
O aborto na Espanha
Em 2010, ano em que o Ministério da Saúde conduziu o último senso
nacional do gênero, a Espanha registrou um total de pouco mais de 100
mil procedimentos abortivos em todo seu território. Desse montante, mais
de 46% dos casos envolveram mulheres com idade entre 20 e 29 anos.
Apenas 4% das pacientes abortaram naquele ano por conta de gravidez de
risco, enquanto que quase 43% tomaram a decisão com base em vontade
própria.
Entre 2001 e 2010, o aumento na quantidade de procedimentos abortivos
em clínicas autorizadas foi gradual e constante. Em 10 anos, o
crescimento desse número foi de aproximadamente 62%. A preferência
massiva das mulheres foi por estabelecimentos privados.
Opera Mundi, via PRAGMATISMO POLÍTICO
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