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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Prefeitura de Campinas corta até 58% em adicionais de aposentados



Rose Mary de Souza

A prefeitura de Campinas anunciou na quinta-feira que vai suspender o pagamento do Adicional por Tempo de Serviço(ATS) pago pelo município a 1.217 servidores aposentados e pensionistas já na folha de pagamento do mês de junho.
Conforme a faixa salarial, o corte varia entre 4% e 58%. Há casos de ex-servidores com salário mensal de R$ 90 mil, e aplicando a nova fórmula baixará para R$ 40 mil. Já os salários de R$ 40 mil, com a redução do ATS, ficarão em R$ 16 mil. Em compensação, os aposentados e pensionistas com vencimentos de R$ 1.780 passarão a receber R$ 1.700.
O corte dos adicionais atende a uma decisão publicada em 2009 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que considerava o ATS inconstitucional. Com a sua aplicação, a economia na folha da prefeitura vai ser de R$ 2,08 milhões mensais e R$ 26 milhões em um ano. Atualmente a prefeitura tem 7,4 mil aposentados.
"A determinação do TJ ficou tramitando todos esses anos recebendo pareceres", afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos, Manuel Carlos Cardoso. "É uma sentença já produzindo todos os seus efeitos e irrecorrível", explicou. A decisão em primeira instância, em 2004, já determinava a devolução dos valores cobrados na época, que ultrapassava os R$ 204 milhões. O secretário pondera que será feito um estudo que irá apontar a que período se refere o corte.
O secretário de Recursos Humanos, Nilson Balbo, falou que o resultado do levantamento será encaminhado para o Instituto de Previdência Social do Município de Campinas (Camprev) para que seja feita uma análise final. "O Camprev fará um 'pente-fino' verificando se todos os processos estão corretos. A partir daí, fará o encaminhando do corte", disse.
De acordo com o secretário, até 1977 a legislação municipal autorizava o pagamento do ATS na forma cumulativa a todos os servidores. A partir de 1977, o então prefeito Chico Amaral alterou a lei, e o benefício passou a ser feito na forma singela - 1% ao ano. Quem já recebia na forma cumulativa, continuou recebendo. Em 2003, a partir de parecer jurídico que afirmava ser inconstitucional o pagamento do ATS cumulativo, a prefeita Izalene Tiene determinou o corte dos pagamentos indevidos e a correção do ATS de acordo com o que determina a Constituição Federal.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Campinas entrou com uma ação e conseguiu uma liminar garantindo o pagamento. Em 2009 o TJ-SP julgou procedente a ação da prefeitura e determinou que o ATS fosse pago da forma correta, conforme a Constituição Federal e não mais na forma cumulativa ou no chamado efeito cascata.
Questionado sobre o anuncio do corte do ATS nos vencimentos dos aposentados e pensionistas, o sindicato disse que ainda está avaliando a situação e estuda entrar com ações na Justiça, mas a principio vai protocolar um pedido de explicações ao governo municipal.

Fonte: TERRA

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