Animal geneticamente modificado produz menos fósforo, ajudando o meio ambiente
por Globo Rural Online
Desenvolvido por um grupo de cientistas estrangeiros, recebeu o apelido de “Enviropig” (mistura de "environment" e "pig", respectivamente meio ambiente e porco, em inglês) o porco geneticamente modificado
que não polui o meio ambiente. A aparência do animal, além dos sons
emitidos e do gosto de sua carne seriam iguais às de um porco comum. A
diferença está na quantidade inferior de fósforo e chorume (espécie de gordura contendo alta carga poluidora) produzidos pelo bicho, agredindo menos as águas e exterminando o forte odor característico dos porcos.
Como todas as criaturas, os suínos precisam de fósforo para
ajudar na formação de seus ossos, dentes e paredes celulares. Mas,
normalmente, os animais são alimentados com cereais que contêm um tipo
de fósforo que seu organismo não consegue digerir. Assim, grande parte
dos pecuaristas enriquecem a dieta dos bichos com uma enzima denominada fitase,
que ajuda na digestão do fósforo, mas não evita que o elemento químico
chegue ao meio ambiente na forma de adubo, provocando a proliferação de
algas, que sufocam a vida aquática e criam "zonas mortas" para os
peixes.
Ao contrário de suínos normais, Enviropigs foram concebidos para produzir suas próprias fitases, a partir da bactéria E.coli.
De acordo com informações do jornal Daily Mail, testes comprovaram que o
porco geneticamente modificado foi capaz de absorver mais fósforo de
sua alimentação, produzindo resíduos menos tóxicos.
Um dos criadores do animal, o professor Rich Moccia,
da Universidade de Guelph, em Ontário, Canadá, trabalha há uma década
no projeto e garante que a carne do Enviropig é idêntica à de um porco
comum. “ Acreditamos que o nosso porco será o primeiro geneticamente
modificado a oferecer salsichas, bacon e carne de porco para o mundo”,
aposta.
Fonte: http://revistagloborural.globo.co
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