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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cientistas desenvolvem porco que não cheira mal




Animal geneticamente modificado produz menos fósforo, ajudando o meio ambiente




por Globo Rural Online
 Shutterstock 

Desenvolvido por um grupo de cientistas estrangeiros, recebeu o apelido de “Enviropig” (mistura de "environment" e "pig", respectivamente meio ambiente e porco, em inglês) o porco geneticamente modificado que não polui o meio ambiente. A aparência do animal, além dos sons emitidos e do gosto de sua carne seriam iguais às de um porco comum. A diferença está na quantidade inferior de fósforo e chorume (espécie de gordura contendo alta carga poluidora) produzidos pelo bicho, agredindo menos as águas e exterminando o forte odor característico dos porcos. 

Como todas as criaturas, os suínos precisam de fósforo para ajudar na formação de seus ossos, dentes e paredes celulares. Mas, normalmente, os animais são alimentados com cereais que contêm um tipo de fósforo que seu organismo não consegue digerir. Assim, grande parte dos pecuaristas enriquecem a dieta dos bichos com uma enzima denominada fitase, que ajuda na digestão do fósforo, mas não evita que o elemento químico chegue ao meio ambiente na forma de adubo, provocando a proliferação de algas, que sufocam a vida aquática e criam "zonas mortas" para os peixes. 

Ao contrário de suínos normais, Enviropigs foram concebidos para produzir suas próprias fitases, a partir da bactéria E.coli. De acordo com informações do jornal Daily Mail, testes comprovaram que o porco geneticamente modificado foi capaz de absorver mais fósforo de sua alimentação, produzindo resíduos menos tóxicos

Um dos criadores do animal, o professor Rich Moccia, da Universidade de Guelph, em Ontário, Canadá, trabalha há uma década no projeto e garante que a carne do Enviropig é idêntica à de um porco comum. “ Acreditamos que o nosso porco será o primeiro geneticamente modificado a oferecer salsichas, bacon e carne de porco para o mundo”, aposta.  

Fonte: http://revistagloborural.globo.co


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