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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Culto ao atraso - Igreja mexicana quer combater crime com exorcismo

Igreja mexicana quer combater crime com exorcismo

Santa da Morte
Mexicana cultua a Santa da Morte, criticada pela Igreja Católica


A igreja Católica no México acredita que seu trabalho espiritual é importante na luta contra a violência que vem assolando o país e já matou mais de 30 mil pessoas nos últimos quatro anos.
Para os líderes da instituição, há pessoas influenciadas pelo satanismo por trás da onda de crimes.
Para combater o problema, a Arquidiocese da Cidade do México pretende capacitar mais sacerdotes exorcistas, para lutarem contra as “práticas satânicas” que causa a violência.
Eles não irão acompanhar os policiais e soldados que combatem os cartéis do tráfico, mas sim, formar grupos de oração para resgatar os influenciados pelo mal, explica o sacerdote Pedro Mendonza Pantoja, coordenador dos exorcistas na capital mexicana.
“Se você facilita o ataque do demônio, está facilitando seu trabalho”, afirmou o religioso à BBC.
O trabalho dos padres exorcistas no México vem aumentando tanto nos últimos anos que a igreja pretende ter pelo menos um desses especialistas em cada paróquia importante do país.
Rituais e bruxaria
A igreja acredita que práticas como a veneração de imagens semi-religiosas conduzem ao mal.
Recentemente, a Arquidiocese da capital publicou um documento com as práticas demoníacas mais comuns, como rituais espíritas, o ocultismo e a bruxaria, segundo Pantoja.
As práticas são cada vez mais comuns entre os traficantes de drogas, ladrões e sequestradores.
Em março de 2009, por exemplo, a polícia encontrou em Nuevo Laredo, no norte do país, centenas de altares dedicados à figura da Santa da Morte.
A cidade é uma das principais áreas de atuação do cartel Los Zetas, segundo a secretaria de Segurança Pública.
Além disso, há alguns dias, a Procuradoria Geral da Justiça prendeu o líder do Santuário Nacional da Santa da Morte, David Romo. Ele é acusado de sequestro.
‘Perda da fé’
Decapitações, homicídios múltiplos, tortura e mutilação são práticas que vêm aparecendo com frequência no México, especialmente em regiões onde há disputas entre cartéis.
Segundo a igreja, isso faz parte de um conflito social que se origina na perda da fé e dos valores familiares. Assim, cria-se um campo fértil para a passagem do demônio, segundo o coordenador dos exorcistas.
“Há pessoas que se afastam de Deus para buscar o mágico, uma saída fácil para os problemas”, diz Pantoja.
Ele explica que muitas pessoas podem ser influenciadas por satanás, o que os obrigaria a cometer ações violentas contra a sua vontade.
E aí, segundo o religioso, entra o trabalho dos exorcistas: acompanhado de um grupo de orações, eles devem evangelizar novamente as vítimas, para assim liberá-las e protegê-las.
De acordo com Pantoja, a igreja já atendeu dezenas de casos nos últimos anos, como obsessões, paranóia ou doenças causadas pela influência do mal. “Promover a fé é o melhor remédio contra a violência”, diz.



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E quem foi a responsável pela criação do delírio denominado satanás, demônio, se não a própria ICAR?

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