O governo do Irã divulgou ontem (25) que um manuscrito da Bíblia, com 1500 anos de idade e que contém “novos ensinamentos” atribuídos a Jesus Cristo, é capaz de causar o colapso do cristianismo.
O
livro com mais de 1500 anos foi confiscado na Turquia em 2000, durante a
investigação e prisão de uma quadrilha de contrabandistas de
antiguidades, apontam os relatórios do jornal Daily Mail. As páginas do
livro, do século V ou VI, são de couro tratado e estão escritas em um
dialeto do aramaico, língua falada por Jesus. Suas páginas estão hoje
negras, por causa da ação do tempo, mas as letras douradas ainda
possibilitam sua leitura.
Material encontrado na Turquia é conhecido como “A Bíblia de Barnabé”
As
autoridades turcas acreditam que se trata de uma versão autêntica do
Evangelho de Barnabé, um discípulo de Jesus que ficou conhecido por suas
viagens com o apóstolo Paulo descritas no Livro de Atos.
Autoridades
religiosas de Teerã insistem que o texto prova que Jesus nunca foi
crucificado, não era o Filho de Deus, mas um profeta, e chama Paulo de
“Enganador.” O livro também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter
sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu
lugar. Falaria ainda sobre o anúncio feito por Jesus da vinda do profeta
Maomé, que fundaria o Islamismo 700 anos depois de Cristo. O texto
prevê ainda a vinda do último messias islâmico, que ainda não aconteceu.
“A
descoberta do original texto de Barnabé vai revolucionar a religião no
mundo”, diz o relatório Basij. Nenhum meio de comunicação publicou os
versos. A foto divulgada da capa mostra apenas inscrições em aramaico e o
desenho de uma cruz. A Internacional News Agency, diz que a inscrição
na fotografia pode ser facilmente lida por um assírio. Os assírios
viviam na região que compreende hoje o território do Iraque, o nordeste
da Síria, o noroeste do Irã, e o sudeste da Turquia.
A tradução
da inscrição inferior, que é o mais visível diz: “Em nome de nosso
Senhor, este livro está escrito nas mãos dos monges do mosteiro de alta
em Nínive, no ano 1.500 do nosso Senhor”.
Especialistas cristãos
negam a existência de tal evangelho, que consideram um apócrifo (não
inspirado por Deus). A autenticidade do livro precisaria ser provada por
autoridades independentes. Porém, alguns especialistas já afirmaram que
o Irã está promovendo a descoberta do livro 12 anos depois porque hoje o
cristianismo tem se tornado uma ameaça em seu país.
O Vaticano
teria demonstrado preocupação com a descoberta do livro, e pediu às
autoridades turcas que permitissem aos especialistas da Igreja Católica
avaliar o livro e seu conteúdo, em especial o “Evangelho de Barnabé”,
que descreveria Jesus de maneira semelhante à pregada pelo islã.
O
relatório da Basij Press, que divulgou o material para a imprensa,
sugere que a descoberta é tão importante que poderá abalar a política
mundial. “A descoberta da Bíblia de Barnabé original irá minar a Igreja
Cristã e sua autoridade e vai revolucionar a religião no mundo. O fato
mais significativo, porém, é que esta Bíblia previu a vinda do profeta
Maomé, mostrando a verdade da religião do Islã”.
A Basij afirma que o
capítulo 41 do Evangelho diz: ’Deus disfarçou-se de Arcanjo Miguel e
mandou (Adão e Eva) embora do céu, (e) quando Adão se virou, ele notou
que na parte superior da porta de entrada do céu, estava escrito La elah
ELA Allah, Mohamadrasool Allah”, ”significado Alá é o único Deus e
Maomé o seu profeta ”
Erick Stakelbeck, apresentadora de TV e
estudioso de assuntos iranianos, disse ao site WND: “Ao promover a
chamada Bíblia de Barnabé, que não é aceita por nenhuma denominação
cristã dominante, o regime iraniano tenta mais uma vez desacreditar a
fé cristã. O regime iraniano está empenhado em erradicar o cristianismo
usando todos os meios necessários. Isso significa a execução de
muçulmanos convertidos, queima de Bíblias ou invasão das igrejas
subterrâneas”.
No ano passado, as autoridades iranianas
confiscaram e queimaram cerca de 6.500 Bíblias por ordem do líder
supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Desde sua descoberta, o livro
vinha sendo mantido em segredo, guardado em um cofre-forte na cidade de
Ancara. Agora, a Turquia planeja colocar o livro em exposição pública. A
teoria mais comum entre os cristãos é que um exame do texto sugere que
ele seria similar ao material apócrifo escrito no século XIV.
Com informações WND, Christian Post e Daily Mail
Fonte: GospelPrime, via http://www.oalerta.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário